Mesmo sem querer usar a expressão [já com cara de clichê] “revolução digital”, não dá pra não ver que nada é mais como antes. Muita gente já falou sobre como a internet e as novas formas de disseminar a informação viraram as coisas pelo avesso. Sobre como a “despretensão” dos blogs (x, x) e de ferramentas como o YouTube (x, x) estabeleceram uma forma completamente nova das pessoas se relacionarem com a informação. Alguns exemplos concretos desse mundo novo:
- Você manda um email com uma dúvida pelo Fale Conosco de uma empresa. Quando chega a resposta, uns três dias depois (com sorte), você já descobriu o que queria na web (provavelmente, num blog…)
- Você pede fotos de uma pauta à assessoria de imprensa de uma empresa, e os caras não têm (?). Você vai procurar e acha no Google Imagens. Ou, então, eles demoram a enviar e, quando mandam… você já achou no Google Imagens.
- O conteúdo editorial dos blogs (=publicidade ou mídia espontânea) tem mais credibilidade que o dos sites oficiais das marcas (=propaganda), o que confirma a tese de Al Ries em A queda da propaganda.
- Antes, quem queria ficar informado lia os “principais” jornais pela manhã e tinha a sensação de dever cumprido. Hoje, as notícias pipocam a cada milésimo de segundo na web: jornais, revistas, blogs… Qualquer um que use feed entende bem o que quero dizer.
- Fevereiro de 2007. Na TV, chamadas anunciando a estréia de Heroes, a nova série que vai estrear no Universal Channel. Mas, pera aí, não é aquela cujos 10 primeiros capítulos [baixados via BitTorrent] você já viu no seu computador? Muito louco isso de uma estréia ter cara de coisa passada, oldfashion, não?
- Isso sem falar nas músicas, exaustivamente baixadas já há alguns anos, o que obriga a indústria fonográfica a rever seu modelo de negócios.
Mais do que nunca, cabe o imperativo: update or die.
Pati Rabelo - Blog Update or Die
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